sábado, 8 de dezembro de 2012

Crônica: uma leitura do mundo


“O pomar da literatura, vocês sabem, é composto de diferentes espécies: a poesia, que, pela sua delicadeza, compara à uva; o romance, que, pela sua densidade, me lembra uma jaca (não dá para comer toda de uma vez e se presta muito para fazer doces e filmes); o conto, que, para ter qualidade, precisa ser redondo como uma lima; a novela, que, a meio caminho entre o conto e o romance, poderia ser um melão; e a crônica, que, pela variedade e popularidade, equivale à laranja.  O conto e a crônica, como se vê, são parecidos e às vezes até confundidos sob um olhar apressado. O conto, como a lima, tem a casca mais fina e pode ser mais agradável a um paladar delicado. A crônica, casca mais grossa, não requer tantos cuidados para frutificar. Cresce até em publicações periódicas, como jornais e revistas, mas nem por isso seu valor nutritivo é menor: contém todas as vitaminas necessárias à formação de um leitor. As crônicas, como as laranjas, podem ser doces ou azedas; consumidas em gomos ou pedaços, na poltrona de casa, ou virar suco, espremidas nas salas de aula”. (NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo, Editora Ática, 1995.)

Nessa atividade, convidamos você e seus colegas a entrarem nesse pomar para saborear uma de suas frutas: a crônica.
A crônica é um texto curto que apresenta a visão pessoal do cronista a respeito de fatos corriqueiros ou noticiados em jornais e na televisão. Assim, a crônica é uma conversa do cronista com o leitor a respeito dos acontecimentos que os cercam.
Faço votos de que você e seus colegas envolvam-se com essa proposta, sintam-se motivados a saborear as crônicas e, dessa forma, a tecer reflexões acerca do mundo em que vivemos!


Webquest elaborada por Marcia Zakrzevski

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