Por Carla Micheli Carraro
Na educação nos deparamos com milhares de perguntas e
poucas respostas. As indagações estão relacionadas a várias questões. Por exemplo:
É fato que nunca se investiu tanto financeiramente em
educação, mas, mesmo assim, enfrentamos dificuldades. Seria a má administração
dos investimentos? Ou será que ainda estes investimentos são precários, visto
que a educação exige uma demanda bem maior?
E as perguntas continuam: por que muitos professores não
recebem o devido valor de seus alunos? Muitas vezes, estes professores precisam
“fazer mágica em sala de aula” para conseguirem dar aulas e obterem respeito
frente a tanta indisciplina escolar. Como motivar futuros professores diante
desta situação preocupante?
Outra questão ainda mais preocupante é a desmotivação de
alguns alunos, a falta de perspectiva, eles
parecem não ter perspectiva de futuro, parecem não ter em mente um meta a se
alcançar e, ainda, alguns deles apresentam graves problemas de indisciplina. Como
trabalhar com alunos sem perspectiva? Outros ainda não têm o apoio dos pais na
vida escolar, como lidar com estes?
Diante destes fatos algo está errado?! Desajustado?!
Desnorteado?!
Vejo a escola, sua estrutura física e seus integrantes
(alunos, professores, funcionários) como uma bússola um pouco desnorteada. Não
estamos conseguindo encontrar um norte para questões como as que estão
relatadas acima, não temos uma direção certeira. Encontramo-nos diante de
muitas perguntas e poucas respostas, encontramo-nos diante de um mar aberto,
sem bússola, sem direção, mas ainda navegando, o que nos faz ter esperança... .
Porém, sem uma bússola com um norte corremos o risco de
não sairmos do lugar, tomarmos direções erradas, podemos naufragar... . Mas nós, professores, também somos marinheiros, mesmo que, muitas vezes,
tenhamos de nadar contra a maré e com as próprias mãos buscando um rumo (mesmo
sem bússola).
E assim surge uma indagação: como buscar melhorias para as
dificuldades que enfrentamos no âmbito educacional?
Com as atividades realizadas no PIBID, temos a
oportunidade de contribuir com a escola, mas também percebemos a preocupante
realidade em que a escola se apresenta.
Realidade esta a que não podemos fechar os olhos, pois as dificuldades
existem de fato.
Mas, também sei que jovens
marinheiros gostam de mostrar que também sabem navegar e nós, pibidianos-professores
em formação, somos jovens marinheiros. Creio que uma alternativa viável seja
navegar, enfrentando tempestades e também se deliciando com dias de sol, pois a
escola também nos proporciona o doce da viagem.
E é com esperanças de melhorias escolares, com a vontade
de sempre buscar um norte para a bússola que finalizo este texto, pensando na
mensagem de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso” e ainda faço um ajuste
voltando-se para a educação: “Acreditar e lutar para que a educação melhore
também é preciso”.
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