sexta-feira, 26 de julho de 2013

O PIBID oferecendo a oportunidade de contato com outra realidade: a Sala de Apoio

Por Rosana Taís Rossa

Durante a graduação, nossa experiência com a sala de aula é um tanto limitada. Isto porque durante os estágios nosso contato com os alunos fica centrado em uma determinada turma, visando um conjunto, a totalidade, não nos permitindo avaliar a situação individual e específica de cada aluno. 

O PIBID, por sua vez, nos oferece a oportunidade de dialogar com outra realidade: a Sala de Apoio. Nesse espaço, os alunos que apresentam dificuldades em acompanhar o andamento da turma recebem um tratamento diferenciado, que visa melhorar essas dificuldades, fazendo com que os alunos se desenvolvam de modo a terem condições de acompanhar o rendimento da turma.

Esse contato tem sido fundamental para nossa formação, pois, ao observar o procedimento do profissional responsável pela sala de apoio, percebemos a necessidade de compreender as limitações dos alunos, além de permitir que eles se deem conta que têm capacidade de ir mais longe e apresentar resultados positivos. 

É interessante observar, também, que não existem muitas pesquisas feitas a respeito desse campo de atuação e essa pode ser uma oportunidade de se repensar este espaço de aprendizagem e capacitação.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Dizem que o que é bom tem que ser mostrado...


Por: Carla Micheli Carraro

Se dizem que o que é bom tem que ser mostrado, penso além, pois acredito que tem que ser mostrado, divulgado e incentivado. E, portanto, farei agora um breve relato da minha viagem a Goiânia para participar do IV SIMELP – Simpósio Mundial de Estudos em Língua Portuguesa, realizado na Universidade Federal de Goiás-GO, entre os dias 02 a 05 de julho de 2013.
Participei deste evento mundial para apresentar trabalhos desenvolvidos no PIBID-Português da UNICENTRO/Irati. Sendo assim, com o apoio e companhia (durante o evento) da professora Loremi Loregian-Penkal, coordenadora do PIBID-Português, apresentei um banner denominado “PIBID-Português: atividades desenvolvidas no centro-sul do Paraná”, em que descrevi e comentei as principais atividades desenvolvidas no e com o programa. Além disso, apresentamos duas comunicações orais em simpósios, uma delas resultante do trabalho desenvolvido em sala de aula por meio do PIBID, e a outra é resultado de pesquisas desenvolvidas pela professora Loremi, na Unicentro.
Durante o evento, participei de importantes discussões relacionadas à Língua Portuguesa. Estas discussões foram realizadas por nomes de grande relevância nacional em nossa área, tais como: Anthony Julius Naro (UFRJ/CNPq), Maria Marta Pereira Scherre (UnB/UFES/UFRJ/CNPq), Maria Helena Mira Mateus (UL/ILTEC), Mário Perini (UFMG/CNPq), Maria Helena de Moura Neves (UPM/Unesp/CNPq), José Carlos de Azeredo (UERJ/CNPq), Ataliba Teixeira de Castilho (UNICAMP/USP/CNPq), Marcos Bagno (UnB), Dermeval da Hora (UFPB/CAPES), entre outros. Como disse a professora Loremi em um dos dias do evento “algumas de nossas referências para os trabalhos científicos estão ‘andando vivas’ por aí”.
Hoje, refletindo acerca de minha participação no evento, percebo o quanto é importante buscarmos novos horizontes, novos olhares, não devemos nos contentar apenas com as aulas de nosso curso, pois estas são apenas impulsos para um conhecimento que é maior e que também se mostrou sob o prima do IV SIMELP, uma vez que dialoguei com diversas pessoas de diferentes regiões do Brasil e do mundo, pessoas de diferentes níveis acadêmicos e, principalmente, tive contato com diferentes visões e concepções para aquilo que eu já conhecia, obtendo informações novas e relevantes para aquilo que estou aprendendo e para o que eu ainda posso aprender.
Por fim, acredito que participações em grandes eventos, como o IV SIMELP, devem ser oportunizadas e incentivadas sempre, pois o IV SIMELP foi um momento ímpar de formação acadêmica, de reflexão crítica e de construção do aprendizado.
Enfim, é uma boa semente lançada e boas sementes costumam dar bons frutos!

Abaixo estão algumas fotos com registros de alguns momentos importantes do evento.














PIBID: O CONSUMISMO EM SALA DE AULA

Por Ingrid Chaves

Atualmente, os jovens e adolescentes se preocupam muito com a aparência e com “ter o que mostrar” para os colegas. Muitas vezes isso se torna um problema sério para as famílias, principalmente quando os filhos ainda não trabalham e os pais não têm condições de bancar todas as despesas da casa. A mídia exerce grande influência para os jovens, visto que é principalmente por meio da televisão e da internet que eles conhecem a moda e as tendências, o que os leva a querer sempre estar ‘atualizados’ quanto às roupas e produtos eletrônicos.

O professor precisa explorar diversos aspectos dentro da sala de aula, dentre eles, a conscientização dos alunos sobre o que é essencial para nossa sobrevivência e aquilo que é supérfluo, levando-os a perceberem que a qualidade de vida não está ligada às muitas riquezas, mas, sim, aos nossos valores, princípios e ações, visando sempre a necessidade de se viver bem com todos à nossa volta, respeitando as pessoas e nossos limites financeiros.

O PIBID Português aborda em seus projetos temáticos diversos assuntos, dos quais destacamos o consumismo, que é um tema bastante presente na vida dos adolescentes. Esse tema é trazido à baila juntamente com o trabalho sistemático de um gênero discursivo devidamente selecionado e que é explorado em sala de aula para que os alunos conheçam a sua estrutura e consigam chegar à etapa de produção sem grandes dificuldades.

É o PIBID-Português fazendo a sua parte: levando a universidade ao ensino básico e, em conjunto com os professores da escola parceira, realizndo um trabalho pautado nos pressupostos contidos nos PCNs e nas DCEs.  

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Verbalizando


Por Rosana Taís Rossa


    Nós, professores de língua portuguesa, percebemos a relevância em dar ênfase às atividades verbais em sala de aula, procurando enaltecer as capacidades apresentadas pelos alunos em dialogar com a situação em que estão inseridos. Backhtin/Volochínov (2006) consideram a interação verbal como a principal forma de nos relacionarmos com os demais indivíduos a nossa volta. Nas palavras deles, 


[...] a verdadeira substância da língua não é constituída por 
         um sistema abstrato de formas lingüísticas nem pela enunciação 
            monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, 
              mas pelo fenômeno social da  interação verbal, realizada através da 
                  enunciação  ou das  enunciações. A interação verbal constitui assim a 
                     realidade fundamental da língua (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2006, p. 
127).



       A partir dessa citação vemos que abrir espaço para o aluno expor suas opiniões e questionar sobre o conteúdo abordado é o primeiro passo para compreender as necessidades do indivíduo, percebendo sua capacidade e o que se pode explorar a partir disso. Ramos (1997) nos ensina que a melhor forma de se aprender a usar a língua é por meio da relação aluno/professor e das situações promovidas por essa relação. Por isso, entendemos que a participação do aluno em tarefas discursivas permite que ele desenvolva a habilidade oral e cabe à escola trabalhar e explorar também essa capacidade. 
         Portanto, oferecer meios para os alunos explorarem a linguagem é tarefa indispensável em toda aula de língua portuguesa. O PIBID-português visa contribuir para a formação dos jovens aos quais temos acesso e, para isso, sempre procuramos propiciar momentos de produção escrita e oral, visto que acreditamos que é na sala de aula que os alunos precisam desenvolver as habilidades de ouvir, falar, ler e escrever em língua portuguesa

Referências:
BAKHTIN, M. M.; VOLOSHINOV, V. N.  Discurso na vida e discurso na arte 
(sobre poética sociológica). Tradução de Carlos Alberto Faraco e Cristóvão 
Tezza [para fins didáticos]. Versão da língua inglesa de I. R. Titunik a partir do 
original russo, 1926/2006. 

RAMOS, Jânia M. O Espaço da Oralidade na Sala de Aula. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER A TURMA

Por Rosana Taís Rossa

No espaço escolar muito se fala em planejamento, conteúdo programático e metodologias de ensino para se trabalhar a língua portuguesa na sala de aula. Porém, pouco se questiona sobre quais táticas os professores usam para abordar o conteúdo proposto e como o fazem.

É fato que muitos profissionais da educação dispõem de pouco tempo para preparar aulas, visto que, principalmente no ensino público, muitos professores “transitam” por diversas turmas, com alunos de diversas faixas etárias e que, por isso, têm inúmeras atividades para avaliar, muito conteúdo para explanar e pouquíssimo tempo para organizar isso tudo.

Uma das melhores formas para se aproximar dos alunos e oferecer apoio em momentos de dificuldade é conhecer a turma. Assim, caminhar junto com a turma, perceber e elogiar seu avanço, além de acompanhar o aprendizado de todos são formas interessantes para se iniciar uma boa relação entre discente e docente.

Essas formas de interação com os alunos têm sido empregadas nas aulas do PIBID e têm surtido resultados positivos, como comprovam relatos dos próprios alunos, que ressaltam a importância e os reflexos positivos em sua formação.

É fundamental também preparar aulas dinâmicas e divertidas, que fujam do protocolo e envolvam os alunos, permitindo que eles dialoguem e exponham suas opiniões.
Nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (PARANÁ, 2008, p. 55), por exemplo, dá-se ênfase à relevância em se trabalhar a oralidade dos alunos, de forma a explorar as variações linguísticas e a aceitação do próprio dialeto.

Referência:
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa, 2008.