sexta-feira, 21 de junho de 2013

Produção escrita: MANIFESTO!

Por Ana Camila dos Passo

Nas atividades que vêm sendo desenvolvidas no PIBID português, após os estudos acerca das redes sociais, aplicamos uma produção escrita baseada na proposta utilizada no vestibular da Unicamp em 2012. Esta consistia em escrever um manifesto contra ou a favor de uma situação fictícia, na qual depois de alguns problemas na escola os alunos passaram a ser monitorados por meio de suas redes sociais. Não contentes com isso, os alunos deveriam escrever um manifesto para reverter a situação, esse seria lido em uma reunião.
Com essa produção, proporcionamos aos alunos o contato com um gênero pouco conhecido, mas que vem crescendo e cada vez mais sendo cobrado em vestibulares. Os estudantes puderam colocar em prática todo seu conhecimento e suas opiniões. Alguns apresentaram uma maior dificuldade para se habituar ao gênero manifesto, pois não estão “acostumados a colocar sua opinião no papel”, como disse uma aluna, porém todos produziram bons textos.
A seguir apresentamos um manifesto produzido por um aluno do terceiro ano do ensino médio:

Manifesto contra o monitoramento em redes sociais
Senhores pais, mestres e funcionários do Colégio Estadual Francisco de Leon, reivindicamos o direito de nos expressarmos em redes sociais sem que haja qualquer monitoramento por parte da instituição de ensino, sendo que esta deve nos assegurar o direito à liberdade de expressão e não nos impedir de exercê-lo.
O colégio passou a monitorar o que os alunos fazem em redes sociais a partir do dia 29 de abril de 2013, depois que a aluna Cristina Soboya, matriculada oficialmente no oitavo ano do ensino fundamental, postou em uma rede social palavras ofensivas contra a professora Débora Ávilla, sendo que a ocorrência foi registrada em ata perante a equipe pedagógica do colégio às quatorze horas do mesmo dia.
Concordamos que os alunos indisciplinados precisam ser repreendidos, mas achamos essa atitude exagerada. Convocamos, portanto, a comunidade escolar em geral para resolvermos essa situação por meio do diálogo.
Irati, 07 de maio de 2013.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

ORALIDADE EM SALA DE AULA

Por Daiane Chaves

Nos dias atuais, a fala é uma das chaves essenciais para o sucesso, saber expor suas ideias, opiniões, argumentar, respeitar turnos de fala, tudo isso é imprescindível em nossa vida quotidiana. Entretanto, a maioria das escolas enfatiza e prioriza somente a escrita, esquecendo que a linguagem oral é o elemento de comunicação mais utilizado pelas pessoas, considerando que a fala antecede a vida escolar.
Luft (1997), em sua obra Língua e Liberdade, demonstra seu descontentamento com as escolas tradicionais, “onde é tão raro que se estude a língua como meio de comunicação-atual, vivo, eficiente” (p. 95).
No que se refere às atividades em torno da oralidade, Marcuschi (2001, p. 19) relata que há uma quase omissão da fala no contexto escolar e a explicação, segundo o autor, é a crença ingênua de que o uso oral da língua é tão comum em nosso cotidiano e por isso não há necessidade de trabalhá-la na escola. Ainda segundo o autor, a fala é vista como o lugar privilegiado para violação das regras gramaticais, ou seja, devido a esse pensamento equivocado, o aluno perde oportunidades de aprendizagem nas quais poderia ter contato com diversos padrões gerais de conversação, como também de aprendizado da realização dos gêneros orais da comunicação pública, que pedem registros mais formais, com escolhas lexicais mais especializadas e padrões textuais mais rígidos, como certas convenções sociais exigidas pela situação do “falar em público".
Pensando nesse contexto, o trabalho realizado, por nós, bolsistas do PIBID, busca formas de romper com esse modelo tradicional, no qual somente por meio da escrita o aluno demonstra sua capacidade de entendimento. Assim, propomos uma nova concepção de aula, na qual o professor não é o único detentor do saber, mas aprende e interage com o outro o tempo todo.
Desse modo, independente da temática trabalhada em sala, valorizamos e incentivamos a oralidade e, por meio da temática que está em foco na aula, demostramos a devida adequação da linguagem ao contexto de uso. Ou seja, no PIBID-português o trabalho com a oralidade está presente em todas as aulas, é algo contínuo.
Compreendemos, assim, que um dos papeis do educador seja este: não distanciar a fala da escrita atribuindo maior importância a uma que a outra, mas valorizar e trabalhar as duas modalidades, pois ambas possuem enorme relevância na vida de todos. 

Referências
LUFT, Pedro. Língua e Liberdade. São Paulo: Ática, 1997.

MARCUSCHI, Luis Antônio. Da fala para a escrita. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Redes Sociais na sala de aula



Por Ana Camila dos Passo

       O século XXI é marcado pelo uso de tecnologias, em especial a internet, então por que não usar isso a favor do docente?

     As redes sociais, além de prenderem a atenção dos alunos, tornam a aula divertida e possibilitam o trabalho com a cultura, a literatura e a linguística, sem que o professor precise expor os estudantes a aulas expositivas e exercícios cansativos.

     Por meio dessa temática, nas aulas do PIBID buscamos levar a conexão com as redes sociais para a sala de aula, evidenciando o que há de valioso e construtivo ou inconveniente e desfavorável nas redes sociais da internet. Além disso, são exploradas ferramentas multimídia e, por meio de discussões, o desenvolvimento oral da argumentação do aluno.

Assim, com estas atividades conquista-se gradualmente o envolvimento coletivo que passa a adquirir conhecimento sobre a magnitude que o tema envolve, possibilitando aos alunos desenvolver aptidão para discernir o que é útil ou desfavorável, além de terem passado por uma prevenção acerca de temas como plágio, bullying, agressões de várias naturezas e violência sexual.

Esta temática foi aplicada em duas salas, de diferentes séries, do ensino médio. Obtivemos resultados satisfatórios. Em geral, os alunos participaram mais das aulas, principalmente dos debates e discussões. Nas produções escritas a criticidade ficou explícita, assim como o interesse pelo tema.