sexta-feira, 14 de março de 2014

A internet e a formação de leitores

Por Flávia Vieira

O uso da internet está cada vez mais comum, sendo difícil encontrar alguém que não a utilize. A todo momento, pessoas estão conectadas por motivações diversas, tais como: redes sociais, e-mails, jogos, pesquisas, etc.

Todas as faixas etárias usam a internet, porém, o foco aqui são os alunos. Muitas vezes, pais e professores rotulam a internet como “vilã”, alegando que, pelo uso excessivo do computador, os estudantes não leem livros. 

Esse pensamento pode ser considerado errôneo, pois pensemos nas seguintes situações: uma criança vai jogar on-line, para conseguir entender o jogo ela precisa ler as instruções, portanto, ela está LENDO; adolescentes conversando em bate-papo precisam LER para responder a outra pessoa; ao utilizar redes sociais, as pessoas LEEM o que interessa a elas. 

Agora, vamos para uma questão um pouco mais voltada à sala de aula: um estudante interessado em fazer Enem, Vestibular ou concurso público, por meio da internet ele pode baixar simulados, estudar e assim estará LENDO. De repente surge a vontade de ler um livro mas, por algum motivo, não tem o livro impresso, uma opção é baixar o livro e LER no computador. 

Portanto, se o que queremos é formar leitores e se com o uso da internet esses leitores surgem, como ela pode ser uma vilã? Qual a diferença entre ler um livro impresso ou no computador? 

Talvez o nosso maior erro seja querer “impor” a nossa forma de pensamento, impor quais leituras e de que maneira deverão ser feitas pelos estudantes e não valorizar o que o aluno tem a oferecer. 

Ninguém nasce leitor, igual tudo na vida temos que aprender, a andar, falar, comer, ler, etc. Dessa forma, não podemos esperar que nossos alunos cheguem à escola com as leituras que gostaríamos que já tivessem feito e podemos, sim, começar a propor leituras que eles gostam e para a idade deles, com o objetivo de familiarizá-los com o material escrito, levar os alunos a utilizar a internet nos computadores da escola e assim fazer uma sondagem das preferências dos alunos.

Enfim, são tantas atitudes que podemos tomar em sala de aula, coisas simples, mas que podem fazer a diferença na formação de alunos leitores. Podemos pensar na internet como uma ferramenta de apoio na formação desses leitores e lembrar sempre: o professor, antes de qualquer coisa, precisa ser LEITOR e, assim, servir de exemplo e estimular seus alunos a adquirir o hábito da leitura.

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