sexta-feira, 25 de abril de 2014

AFINAL, O QUE É SER PROFESSOR?

Por: Ana Caroline dos Santos

Muitas vezes criticamos a alienação da sociedade, que parece não enxergar o que acontece a sua volta. Mas o que fazemos para mudar essa realidade? Diversas vezes observamos e apenas julgamos, mas com algumas ações podemos mudar muita coisa. O professor é de suma importância na formação de um sujeito crítico-reflexivo. Muito mais do que transmitir um conteúdo, o docente é um dos responsáveis por formar as concepções, as perspectivas da sociedade. Escrevo de maneira abrangente, pois acredito que o educador, ao ampliar a condição de criticidade de uma pessoa, permite que essa dissemine o que aprendeu a muitas outras pessoas, difundindo novos modos de se enxergar as relações sociais.
Ser professor exige que o sujeito acredite no ser humano e que reflita sobre a sua responsabilidade. A sua prática precisa ser pensada, para que busque diferentes formas de instigar os alunos. Por meio da produção textual escrita e oral pode fazer com que o aprendiz expresse sua opinião, sua visão de mundo e, imbuído de diálogos, adquira argumentos para defender suas opiniões. Por intermédio da leitura, pode conduzir o ser a pensar, a interpretar um texto, em que o indivíduo tem vez e voz.
O professor deve pensar que tipo de reflexão propiciar em suas aulas e no que elas podem somar na vida do aluno, doando-se verdadeiramente em nome de uma causa e não ser tão ambicioso a ponto de colocar o seu salário como bloqueio para desenvolver atividades, recorrendo ao velho discurso capitalista:não ganho para isso”, pois ser educador exige que o sujeito acredite no ser humano e no que pode ensinar e aprender.
Ser docente é se engajar nas causas em prol dos indivíduos e se doar por acreditar em algo. Isso implica que sejam criadas diferentes formas de provocar os aprendizes, promovendo atividades inovadoras, e que a prática seja repensada e avaliada constantemente. É essencial que o educador tenha amor em seus alunos e acredite no mais desinteressado, insistindo para que este queira aprender. Se preocupando, na medida do possível, em conhecer o sujeito, saber quais são seus sonhos e implantar a semente da esperança em que a pessoa sabe que pode chegar aonde quiser desde que encare os árduos desafios de suas escolhas.
Ser professor é fazer o indivíduo pensar e não conduzi-lo a decorar, ou mesmo estabelecer preconceitos e modos de pensar fechados. É contribuir à formação de um ser que não acredita em verdades pré-estabelecidas, mas que é um autêntico questionador, um genuíno argumentador.


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