sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ABORDAGENS METODOLÓGICAS QUE PODEM MUDAR A REALIDADE DA ESCRITA E DA LEITURA

Por: Ana Caroline dos Santos
Os resultados apresentados pelas organizações responsáveis por avaliar os índices de aprendizado de leitura e escrita no Brasil têm sido alarmantes. Quando nos deparamos com essa realidade, consideramos que grande parte da metodologia adotada em sala de aula necessita ser repensada e que deve haver um trabalho conjunto que se inicia nos primeiros anos do Ensino Fundamental e vai até o Ensino Médio.
Nos anos iniciais, além de alfabetizarensinar o código da escrita, o docente precisa adotar práticas de letramento que, segundo Menegassi (2010), são estratégias para trazer à sala de aula a leitura e a escrita veiculadas na sociedade. Assim, torna-se imprescindível conduzir as leituras indagando sempre sobre os significados presentes e, com relação à escrita, é necessário que sejam produzidos vários textos e que haja o retorno desses para o aluno.
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná - DCE (PARANÁ, 2008) - dão respaldo para abordagens metodológicas nas práticas de leitura e escrita. Segundo esse documento, as atividades de leitura devem ser executadas considerando que o leitor constrói significados. Desse modo, é essencial propiciar a reflexão dos alunos sobre o que é lido, quais as intenções, quem são os leitores pretendidos. Para desenvolver estratégias como essas, o professor, antes, deve ser um leitor crítico e ter consciência da importância da leitura no contexto social.
as práticas com a escrita, conforme as DCE (2008), devem pautar-se em três fundamentos básicos: planejar, escrever e reescrever. Após o professor escolher que gênero trabalhará com seus alunos e mostrar como a linguagem é articulada, refletir sobre quem são os interlocutores e, também, trabalhar um tema, lendo, debatendo, refletindo sobre diferentes pontos de vista. Ao solicitar uma produção textual, é importantíssimo deixar claro que objetivos devem ser alcançados com o texto, em que meios ele circulará, quem são os interlocutores, qual seu suporte.
Depois de uma análise detalhada feita pelo educador, fazendo o discente refletir se os objetivos foram alcançados e se as condições de produção foram atendidas, os aprendizes devem ser orientados quanto a questões da norma culta. Após todos esses passos, a reescrita deve ser executada.
Medidas como as explicitadas precisam ser tomadas, com o intuito de fazer com que as pessoas não apenas decodifiquem um texto, mas sim extraiam significados daquilo que leem e saibam se comunicar na variedade escrita. Para um trabalho completamente eficaz, nessas duas áreas, cabe à escola refletir sempre acerca das metodologias encaminhadas, dando atenção especial a alunos que ainda não se mostram como leitores e produtores de textos competentes.
Referências

MENEGASSI, R. J. Práticas de letramento. In: SANTOS, A. R. dos; ROMUALDO, E. C.; RITTER, L. C. B. Letramento e escrita. Maringá: Eduem, 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.




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