Por Tatiane Horst
Embora os enfoques estejam voltados para a inclusão social e o combate ao bullying nas escolas, nota-se que na prática não é bem assim que as coisas funcionam.
Em meio à modernidade e a tantos avanços tecnológicos, percebe-se que o sistema educacional tem grande dificuldade para trabalhar com a diversidade constituinte das escolas.
Segundo Mittler (2003, p. 25), a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola.
O que deve ficar claro a todas as pessoas que convivem com um deficiente auditivo, é que acima de qualquer deficiência física e/ou psicológica existe um ser humano que necessita de atenção; com necessidades talvez um pouco mais urgentes que outras crianças ditas “normais”. Acredito que o grande problema está na escola colocar em primeiro plano a deficiência e não a criança.
Outro fator relevante ao se falar em inclusão nas escolas é o ambiente especial para atender a especificidade de cada aluno; o próprio espaço físico das escolas não é adequado para oferecer acessibilidade a esses estudantes, dificultando muitas vezes a sua inclusão em uma escola de ensino regular. O fato é que é a escola que deve oferecer essas adaptações ao aluno com deficiência, e não o aluno adaptar-se às condições oferecidas pela escola.
Portanto, a inclusão de alunos com deficiência auditiva nas escolas regulares é uma realidade óbvia e que vai além de apenas colocar crianças surdas em um mesmo ambiente das ouvintes, trata-se de questões sociais, culturais e políticas além da quebra de alguns paradigmas educacionais.
Referência
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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