Por: Elizandra
Feld
Os
termos
“gênero
textual”
e
“tipologia
textual”
geralmente
só
são
apresentados
aos
alunos
no
Ensino
Médio,
quando
esses
temas
fazem
parte
da
grade
curricular;
no
entanto,
estamos
cercados
por
eles
desde
que
nos
reconhecemos
como
parte
do
mundo.
Vivemos cercados
por
textos;
estes
não
precisam
ser
necessariamente
textos
escritos,
mas
podem
ser
também
orais,
como
uma
palestra,
por
exemplo,
ou
ainda,
os
logotipos
que,
por
sua
vez,
transmitem
uma
ideia.
Considerando
que
o
texto
deve
ser
uma
unidade
que
transmite um
sentido,
ele
pode
ser
expresso
em
uma
palavra
como
S.O.S
=
SOCORRO,
desde
que
traga
consigo
uma
carga
de
significado.
Ao
partirmos
do
pressuposto
de
texto
como
uma
unidade
linguística
capaz
de
transmitir
algum
sentido
dentro
de
um
determinado
contexto,
empregamos
dois
conceitos
distintos:
o
de
gêneros
textuais
e
o
de
tipologias
textuais.
Os gêneros, segundo a definição bakhtiniana, são tipos relativamente estáveis de enunciados. Eles vão surgindo conforme as necessidades das pessoas; sendo assim, com o passar do tempo, novos gêneros vão surgindo e outros deixando de existir, visto que as necessidades
de
seus
usuários
vão
mudando.
É
necessário
considerar
nesse
aspecto
a
condição
imposta
pela
tecnologia
também,
que
a
cada
dia
nos
mostra
novos
horizontes
e,
também,
nos
impõe
novas
necessidades
de
criação
de
uma
comunicação
mais
ágil
e
efetiva.
Além
dos
gêneros
serem
inúmeros,
por
surgirem
a
partir
da
necessidade
das
pessoas,
eles,
ainda,
precisam
de
um
meio
de
circulação,
ou
seja,
cada
gênero
específico
está
inserido
dentro
de
uma
esfera
social,
por
exemplo,
na
esfera
religiosa
temos
os
gêneros
sermão,
oração
etc;
na
esfera
jornalística:
a
reportagem,
a
notícia,
a
manchete,
entre
outros.
Por
fim,
ainda
é
necessário
que
o
gênero
possua
um
suporte,
isto
é,
o
local
onde
o
gênero é veiculado,
sendo
sua
principal
finalidade
a
de
fixar
e
mostrar
o
gênero.
Já
os
tipos
textuais,
por
sua
vez,
apresentam
um
número
delimitado,
com
características
específicas
e
fixas.
Podemos
identificar
cinco
tipologias:
a
descritiva,
a
narrativa,
a
argumentativa,
a
expositiva
e
a
injuntiva.
Como
já
dito
antes,
as
tipologias
textuais
possuem
características
mais
fechadas,
específicas
de
cada
modalidade.
Desse
modo,
seguem
algumas
dessas
características:
-
descritiva:
geralmente
apresenta
verbos
estáticos,
como
ser/estar,
por
exemplo.
O
tempo
empregado
é
o
presente
ou
pretérito
imperfeito.
-
narrativa:
apresenta
verbos
de
mudança
no
passado,
situados
no
tempo
e
no
espaço;
é
indicativa
de
ações.
-
expositiva: utilizada para demostrar/identificar fatos ou fenômenos.
Este tipo de texto tem como foco a transmissão de uma informação
ao leitor. A linguagem apresentada pode ser classificada como
bastante objetiva e precisa. Destaca-se, ainda, que essa tipologia
não apresenta juízos de valor sobre a informação. Os gêneros em
que esse tipo pode ser encontrado são: bulas de remédio, notícias
de jornal, livros didáticos, editais, informativos.
-
argumentativa:
geralmente
emprega
o
verbo
ser
no
presente,
sua
principal
característica
são
os
argumentos
ou
opiniões
expressas
no
texto.
-
injuntiva:
emprega-se
o
verbo
imperativo.
Ex.:
Compre
agora.
Embora
saibamos
que
gêneros
e
tipos
textuais
são
coisas
distintas
e
que
colocamos
aqui
separados
para
melhor
compreensão,
cabe
ressaltar
que
os
dois
caminham
juntos,
ou
seja,
todo
gênero
é
mesclado
por
tipologias
textuais.
Por
exemplo,
uma
mesma
propaganda pode
apresentar
as
tipologias argumentativa,
injuntiva,
descritiva,
expositiva
e,
se
for
bem elaborada,
pode
apresentar
a
narrativa
também.
Dessa
forma,
é
importante estudá-los conjuntamente,
visto
que
gêneros
e
tipos
textuais
se
completam,
um
precisa
do
outro
para
garantir
sua
existência,
bem
como
para
serem
melhor
compreendidos.
Referências
GRECO,
Eliana
Alves.
Gêneros
Discursivos
e
Tipologias
Textuais.
In:
SANTOS,
Annie
Rose
dos;
GRECO,
Eliane
Alves;
GUIMARÃES,
Tânia
Braga
(orgs.).
A
produção
textual
e
o
ensino.
Maringá:
Eduem,
2010.
O texto
expositivo.
Disponível
em:
http://descomplica.com.br/portugues/tipologia-textual/texto-o-texto-expositivo#.
Acesso
em:
28
out
2014.
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