Por: Reguina K.
Drewnowski
O texto “Ortografia
nas séries inicias do ensino fundamental” de Romualdo e Cezar
(2010) aponta que é preciso mudar a forma como se enxerga o
ensino da ortografia. Uma das preocupações é com a didática.
Segundo o autor do
texto, os professores devem fornecer e contribuir para o ensino e
aprendizado da norma ortográfica. O ensino não pode ser visto
unicamente como um conjunto de regras a serem seguidas; sem uma
compreensão adequada das funções e relações existentes entre os
conceitos, mas deve proporcionar reflexões de modo que as
crianças desenvolvam habilidades por meio das situações lúdicas,
no seu cotidiano. Também deve sistematizar os aspectos internos da
linguagem escrita e de sua assimilação funcional, levando a criança a compreender como o mecanismo da escrita funciona.
O ensino da
ortografia deve ser construtivo e o professor não pode descaracterizar as produções dos alunos, mas trabalhar os erros
ortográficos dos alunos por meio dos textos produzidos por eles
próprios, sugerindo encaminhamentos didáticos, memorização
contextualizada para que o aluno tenha mais saberes e metodologias
para corrigir e aprender com os desvios ortográficos cometidos.
Quanto à correção
dos erros ortográficos de palavras regulares, o professor pode
construir um mapa dos possíveis erros, antes de planejar o ensino da
grafia correta, para que a ação pedagógica alcance os objetivos
nos planejamentos, e para esse mapa é importante assinalar como são
discriminados os erros, e acompanhar a necessidade e o
desenvolvimento de cada aluno e de toda a turma.
Os quadros de
regras podem ser grandes aliados no ensino da ortografia. Podemos
chamar de “ladainhas prontas” de como algumas regras funcionam,
como por exemplo: a regra funcionamento do uso do “i” e do “e”
no final de sílabas. Poderá ser feito um quadro de palavras para que os alunos tenham uma ideia geral do funcionamento da regra.
Outra alternativa
para o ensino da ortografia é tornar o dicionário um companheiro
constante dos alunos, as dúvidas poderão ser sanadas e os alunos
terão mais um apoio seguro de consulta.
Diante desta
reflexão, podemos mudar as atitudes perante o ensino da ortografia.
Aproveitando os erros dos alunos, não os vendo como ausência de
raciocínio, fracasso e falta de atenção, mas sabendo aproveitar e propor atividades para que os alunos reconsiderem e compreendam as regras que estão em jogo em uma ou outra grafia irá garantir o entendimento das formas em seu uso. Por outro lado, o aluno
poderá tornar-se mais autônomo, confiante, apto a buscar ajuda e a pesquisar, sempre, seja em dicionário, seja em quadros de regras, ou em
outros recursos. Com isso, o ensino e a aprendizagem da ortografia será cada vez
mais produtivo, postura que o projeto PIBID-Português da
UNICENTRO/Irati defende e segue.
Referências
ROMUALDO, E. C.;
CEZAR, K. P. L. Ortografia nas séries iniciais do ensino
fundamental. In: SANTOS, A. R. dos; ROMUALDO, E. C.; RITTER, L. C. B.
Letramento e escrita. Maringá: Eduem, 2010.
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