sexta-feira, 20 de março de 2015

Ensino da ortografia

Por: Reguina K. Drewnowski

O texto “Ortografia nas séries inicias do ensino fundamental” de Romualdo e Cezar (2010) aponta que é preciso mudar a forma como se enxerga o ensino da ortografia. Uma das preocupações é com a didática.





 

Segundo o autor do texto, os professores devem fornecer e contribuir para o ensino e aprendizado da norma ortográfica. O ensino não pode ser visto unicamente como um conjunto de regras a serem seguidas; sem uma compreensão adequada das funções e relações existentes entre os conceitos, mas deve proporcionar reflexões de modo que as crianças desenvolvam habilidades por meio das situações lúdicas, no seu cotidiano. Também deve sistematizar os aspectos internos da linguagem escrita e de sua assimilação funcional, levando a criança a compreender como o mecanismo da escrita funciona.

O ensino da ortografia deve ser construtivo e o professor não pode descaracterizar as produções dos alunos, mas trabalhar os erros ortográficos dos alunos por meio dos textos produzidos por eles próprios, sugerindo encaminhamentos didáticos, memorização contextualizada para que o aluno tenha mais saberes e metodologias para corrigir e aprender com os desvios ortográficos cometidos.

Quanto à correção dos erros ortográficos de palavras regulares, o professor pode construir um mapa dos possíveis erros, antes de planejar o ensino da grafia correta, para que a ação pedagógica alcance os objetivos nos planejamentos, e para esse mapa é importante assinalar como são discriminados os erros, e acompanhar a necessidade e o desenvolvimento de cada aluno e de toda a turma.

Os quadros de regras podem ser grandes aliados no ensino da ortografia. Podemos chamar de “ladainhas prontas” de como algumas regras funcionam, como por exemplo: a regra funcionamento do uso do “i” e do “e” no final de sílabas. Poderá ser feito um quadro de palavras para que os alunos tenham uma ideia geral do funcionamento da regra.

Outra alternativa para o ensino da ortografia é tornar o dicionário um companheiro constante dos alunos, as dúvidas poderão ser sanadas e os alunos terão mais um apoio seguro de consulta.

Diante desta reflexão, podemos mudar as atitudes perante o ensino da ortografia. Aproveitando os erros dos alunos, não os vendo como ausência de raciocínio, fracasso e falta de atenção, mas sabendo aproveitar e propor atividades para que os alunos reconsiderem e compreendam as regras que estão em jogo em uma ou outra grafia irá garantir o entendimento das formas em seu uso. Por outro lado, o aluno poderá tornar-se mais autônomo, confiante, apto a buscar ajuda e a pesquisar, sempre, seja em dicionário, seja em quadros de regras, ou em outros recursos. Com isso, o ensino e a aprendizagem da ortografia será cada vez mais produtivo, postura que o projeto PIBID-Português da UNICENTRO/Irati defende e segue.

Referências
ROMUALDO, E. C.; CEZAR, K. P. L. Ortografia nas séries iniciais do ensino fundamental. In: SANTOS, A. R. dos; ROMUALDO, E. C.; RITTER, L. C. B. Letramento e escrita. Maringá: Eduem, 2010.

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