Trabalhar
a
textualidade é um grande desafio,
tanto
no
ensino
fundamental
como
no
médio,
pois
grande
parte
dos
alunos
não
consegue
construir
um
texto coeso e coerente.
Diante
dessa
realidade,
o
professor
acaba
por
não
saber
por
onde
começar
a
correção.
Indiscutivelmente,
é preciso
fazer algo
por esses
alunos, algo
que os
motive, que
os faça
produzir de
forma mais
competente. A
literatura nessa
área há
décadas vem
discutindo
estratégias de
correção
textual, com
objetivo de
orientar os
professores nessa
árdua tarefa.
Serafini (1989) apresenta três formas de correção:
1. correção resolutiva – consiste em corrigir todos os erros
encontrados no texto, reescrevendo palavras, frases e períodos;
2. correção indicativa – consiste em marcar/indicar palavras,
frases e períodos que apresentam erros ou são pouco claros;
3. correção classificatória – consiste na identificação
específica dos erros por meio de uma classificação.
Ruiz (2001)
propõe um quarto tipo, a correção textual-interativa, que consiste
em fazer comentários escritos após o texto, em forma de bilhetes, que orientam a reescrita do texto. Esses "recados" devem, acima de tudo, reconhecer as qualidades do texto e, num segundo momento, anotar os
pontos em que o aluno possa desenvolver melhor as ideias ou corrigir
desvios da norma padrão.
Saliente-se
que é importante evitar realizar muitas correções em um mesmo
texto; além de desmotivador é conflituoso, pois dessa forma o
discente acaba por desistir da construção de um novo texto e
intitula-se incapaz de realizar tal atividade, considerando-a difícil
e enfadonha.
Nos
PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa (BRASIL,
1998) ressalta-se o quão importante é o papel do professor como
mediador no processo de ensino/aprendizagem do aluno. Desse modo, realizar a
correção interativa, chamando o aluno ao diálogo por meio de sua
produção textual, leva-o a acreditar em si mesmo e a conhecer
possibilidades de desenvolver sua competência comunicativa na
escrita.
Referências
BRASIL.
MEC. Parâmetros curriculares nacionais
de língua portuguesa.
Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF,
1998.
RUIZ,
E.. A correção (o turno do professor): uma leitura. In: Como
se corrige redação na
escola. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2001.
SERAFINI,
M. T. Como escrever textos. São
Paulo: Globo, 1989.
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