sábado, 30 de novembro de 2013

Atualidades e notícia: trazendo a realidade atual para dentro da sala de aula

Por: Rosana Taís Rossa

Recentemente, no PIBID/Português, trabalhamos com o projeto temático “atualidades” aliado ao estudo do gênero discursivo “notícia”. 
O principal objetivo (e, talvez, desafio) desse projeto era esclarecer aos alunos a diferença entre notícia e reportagem. Abordando temas recentes, presentes no nosso cotidiano ou apresentados pela mídia, fizemos os esclarecimentos necessários para que os adolescentes entendessem como diferenciar uma notícia de uma reportagem, por exemplo.
Para explicitar tudo isso, trabalhamos com três fatos recentes: o primeiro foi o dos protestos que têm tomado as ruas de nosso país. Levamos a notícia impressa, assim como um pequeno vídeo ilustrando a notícia televisionada. Na segunda aula, entregamos aos alunos uma notícia que relatava a desorganização na chegada do Papa Francisco ao Brasil e, assim como na primeira notícia, levamos texto impresso e vídeo. No terceiro exemplo, levamos uma notícia que informava sobre a abertura dos portões para o último dia do Rock in Rio. 
Para explicar as diferenças entre notícia e reportagem, mostramos o vídeo de uma notícia que foi transmitida em rede nacional. Nele, apenas os dados do último dia do festival são repassados, ao passo que nas reportagens acerca do evento eram sempre feitas retomadas sobre a história do festival, principais atrações, recordes de público, incidentes em anos anteriores etc. 
Depois dessas explanações, pedimos aos alunos que escrevessem uma notícia relatando um fato recente, tenha ele ocorrido em sua cidade, país, exterior, noticiado no jornal ou não, verídico ou fictício. Explicamos a necessidade de identificar as vítimas apenas com as iniciais, além das características próprias do gênero, como manchete, datas, horários e locais. Depois de concluídos, os textos foram lidos, analisados e avaliados. Foram entregues aos alunos com os comentários e sugestões de melhorias. Por último, solicitamos a reescrita. 
Para finalizar o projeto levamos, na última aula, um bingo de palavras, que abarcava diversos termos mencionados durante a aplicação do projeto. Os alunos participaram ativamente, reforçando a ideia de que o PIBID-português e seus projetos são bem aceitos e produtivos para o colégio e os alunos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DOS CONHECIMENTOS PRODUZIDOS NA ÁREA DE LETRAS

Por: Tatiane Maria Horst Cardoso 


Atualmente em meio à tecnologia e à grande acessibilidade presente no cotidiano das pessoas, encontrar publicações de trabalhos científicos não é uma tarefa difícil, o difícil é localizar pesquisas seguras e de procedência. Acredito que os alunos de ensino médio precisam ter noções sobre como se dão estas pesquisas científicas, principalmente no meio virtual onde a oferta de material é bem explícita, porém um pouco perigosa às vezes. 

A área de Letras oferece vários campos a todos que têm interesse em mergulhar no ambiente virtual de aprendizagem, pois a internet oferece várias opções de divulgações científicas nessa área. 

Logo, é necessário incentivar o aluno do ensino médio com aulas provocativas para que ele possa encontrar um rumo sobre o caminho a seguir. Porém, faz-se necessário indicar caminhos para ambientes de pesquisa seguros, pois os trabalhos são tantos que muitos acabaram se tornando apenas quantitativos.

Durante as atividades do PIBID-Português desenvolvidas na Escola João XXIII, onde estamos trabalhando com o gênero textual “notícia”, foi possível trabalhar um pouco sobre esta questão relacionada ao ambiente de pesquisa, principalmente quando foram entregues algumas notícias aos alunos extraídas da internet, todas devidamente identificadas com dados da publicação, data etc, fator este também importantíssimo para que desde já aprendam que pode-se retirar dados de outras fontes desde que estas sejam citadas para que não haja o plágio, problema este muito presente dentro das instituições de ensino. 

Como estamos falando da área de Letras, é importante que ao buscar pesquisas científicas na internet o aluno procure sites como ABRALIN, ANPOLL, ABRALIC, INEP, Biblioteca digital de teses e dissertações da USP, ABL, IEL/UNICAMP, Scielo, MEC etc, que são endereços virtuais de procedência e que podem garantir uma boa qualidade na pesquisa. Outra sugestão também seriam as revistas virtuais que podem auxiliar bastante o aluno durante seus estudos.

Portanto, uma boa pesquisa pressupõe que as fontes citadas sejam seguras e de procedência.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Oralidade e preconceito linguístico: discussão da variação linguística com alunos do ensino fundamental

Por Rosana Taís Rossa

        Todos sabemos que é incumbência do professor de língua materna explorar as capacidades linguísticas dos alunos, deixando sempre claro que pequenos desvios na produção de alguns sons ou na troca de algumas letras (na escrita) são aceitáveis, já que não existe uma discrepância tão grande entre a “norma” e as produções frequentemente realizadas pelos alunos. Marcos Bagno (2007 p. 125) nos esclarece que nossa concepção de “erro” é equivocada, pois “é preciso ter sempre em mente que tudo aquilo que é considerado erro ou desvio pela gramática tradicional tem uma explicação lógica, cientifica, perfeitamente demonstrável”.
      Nas atividades desenvolvidas no PIBID, procuramos abarcar esses ensinamentos e trabalhar a oralidade de forma efetiva, pois entendemos que na atividade oral o aluno é levado a exercitar sua capacidade dialógica, já que  quando é solicitado a ler um texto, a declamar uma poesia ou a participar de uma dramatização, ele terá obviamente que se valer da fala, percebendo que a sala de aula não é um espaço que apenas dita regras, mas sim um ambiente que aceita as variações e mostra seus contextos de uso.
        Desenvolvendo atividades orais com indivíduos com idades entre 13 e 15 anos, pudemos perceber que, acima de tudo, o que esse público almeja é oportunidade de se expressar, manifestar suas opiniões e revoltas. 
Utilizamos duas crônicas de Luís Fernando Veríssimo, “Aprenda a chamar a polícia” e “O Brasil explicado em galinhas”. Por intermédio dessas crônicas trouxemos para a sala de aula atividades como debates, dramatizações e encenações. Trouxemos também alguns tópicos para discussão e, embora a turma fosse formada de pré-adolescentes, o debate foi bastante produtivo. Obtivemos os resultados esperados, que eram propor uma leitura crítica sobre um tema atual, demonstrar a flexibilidade da língua e instaurar o respeito por todas as formas de falar presentes em nosso dia a dia. 
Ao longo do desenvolvimento das atividades propostas, pudemos observar que uma grande dificuldade dos professores é, justamente, levar práticas orais para a sala de aula e desenvolver projetos que atraiam a atenção do aluno para a leitura e a escrita. Com essa experiência, vivenciamos o aumento da nossa percepção de como utilizar o trabalho em sala para explorar as capacidades dialógicas dos nossos alunos. O coroamento desse trabalho deu-se com a certeza de que obtivemos sucesso em nossas práticas de leitura, de discussão, de exploração da oralidade e com a conscientização de que com preparação, empenho e utilização de materiais adequados, pode-se abordar os mais variados temas e tornar as aulas de português mais atraentes e produtivas nas turmas de ensino fundamental. 

Referências: 
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 2007.

LABOV, W. Padrões Sociolingüísticos. Tradução de Marcos Bagno; Maria Marta Pereira Scherre e Caroline Cardoso. São Paulo: Parábola, 2008.

domingo, 10 de novembro de 2013

PRODUÇÃO E REESCRITA DO GÊNERO TEXTUAL "CONTO" NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Por Rosana Taís Rossa

Trabalhar sociedade e relacionamentos é tarefa a ser realizada em todo o âmbito educacional, pois o contato entre pessoas é a base para o desenvolvimento humano. Essa tarefa é, no entanto, de difícil execução nas escolas, já que o espaço para essas discussões é limitado. Pensando nisso, o PIBID-Português tem desenvolvido projetos temáticos que abordam diversos temas do cotidiano dos alunos.
Em um desses projetos, o tema trazido para a sala de aula foi "família". A discussão desse assunto é bastante pertinente, já que a base para a educação e crescimento da sociedade está relacionada com o convívio familiar. Durante as aulas, foram abordados diversos tópicos, trazendo à baila algumas situações presentes na realidade de muitos alunos, porém, pouco discutidas em sala. Entre esses tópicos, dialogamos sobre violência familiar, desemprego, novas constituições de família, preconceitos e falta de comunicação entre pais e filhos. Muitas foram as experiências relatadas pelos alunos, assim como discussões de textos relacionados ao tema. 
O gênero discursivo utilizado para introduzir o assunto e desenvolvê-lo foi o conto. Esse gênero foi trabalhado de forma a apresentar sua estrutura para os alunos, assim como suas características. Após essa explanação do gênero e a discussão de fatores que constituem as famílias atuais, solicitamos uma produção escrita aos alunos. Em seguida, fizemos a leitura atenta dos contos produzidos por eles. Esses contos deviam apresentar algum dos pontos destacados em sala. 
Posteriormente, visando o trabalho desenvolvido no PIBID que apresenta a reescrita como parte fundamental na produção de um texto, entregamos os textos aos alunos, sendo que cada um trazia no verso da folha algumas observações feitas por nós, no que se refere ao conteúdo do texto, assim como questões de cunho formal. 
Foram utilizados, ainda, slides com fragmentos dos textos produzidos e que apresentavam alguma questão a ser revista. Com auxílio desses textos (sem identificação), foram feitos os apontamentos necessários para que os alunos percebessem suas dificuldades e procurassem saná-las. 
Depois de todo esse processo, solicitamos uma nova produção, que tivesse como base o primeiro texto, mas que apresentasse as melhorias solicitadas, entendendo que a reescrita não é apenas copiar e colar o que já foi escrito e, sim, uma revisão e modificação quando necessária. O resultado foi satisfatório, visto que houve aperfeiçoamento da escrita, assim como dos argumentos. Percebemos, ainda, que grande parte das dúvidas manifestadas nos textos sobre a nova ortografia foram esclarecidas, visto que realizamos também uma breve revisão sobre essas mudanças. 

sábado, 2 de novembro de 2013

Participação dos bolsistas PIBID-Português no XXI Seminário do CELLIP

Por Carla Micheli Carraro

Ter a oportunidade de divulgar e compartilhar conhecimentos é, sem dúvida, um momento ímpar em nossa formação docente. E foi isso que o nosso grupo PIBID-Português (UNICENTRO campus Irati) fez durante o XXI Seminário do CELLIP – Centro de Estudos Linguísticos e Literários do Paraná, que ocorreu na FAFIPAR – Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá. 
O CELLIP ocorreu entre os dias 23 e 25 de outubro de 2013, em Paranaguá.  
Além de um ótimo espaço para o compartilhamento de ideias, o CELLIP abriu a maior parte de seu espaço para comunicações orais, onde nós, bolsistas, apresentamos os seguintes trabalhos:
- Produção e reescrita do gênero textual “conto” nas aulas de língua portuguesa (Rosana Tais Rossa).
- O gênero textual “carta pessoal” e o tema “adolescência” (Jeniffer Javorski Cabral e Letícia Adriana Palamar).
- A sala de aula como espaço de reflexão crítica em relação ao consumismo (Carla Micheli Carraro e Elizandra Feld).
- Análise linguística e reescrita de textos no ensino médio (Laise de Paula e Flávia Vieira).
Cabe lembrar que tivemos uma sala destinada às nossas comunicações, por meio de uma sessão coordenada chamada “Ensino/aprendizagem de língua portuguesa no centro-sul do Paraná”, com a coordenação da professora Loremi Loregian-Penkal (também coordenadora do PIBID-Português).
Além das comunicações, houve conferências, mesas-redondas e apresentações culturais. 
Enfim, o evento foi propício para discussões produtivas. Ademais, é muito gratificante divulgar o trabalho que desenvolvemos por meio do PIBID. 
Abaixo, apresentamos alguns registros do evento: